081 Ministério de Libertação


Ministério de Libertação

Por Padre Rufus Pereira

Eu quero informar a aqueles que me mandaram e-mails, ou a aqueles que mandaram e-mails para Erika: a Erika me disse que essas pessoas gostariam de se encontrar comigo.

Talvez três ou quatro pessoas. E é claro que eu não posso encontrar vocês nessa grande multidão, é mais fácil para vocês me procurarem. Então, essas pessoas que têm o e-mail da Erika e que já foram marcadas para serem atendidas, na hora do intervalo vir aqui para o lado direito e chamar a nossa atenção.

Também ficarei feliz se aqueles dois ou três últimos casos pelos quais eu rezei ontem também pudessem se encontrar comigo no intervalo. Porque eu gostaria que viesse depois aqui para o palco para cada um dar o testemunho de um ou dois minutos.

Também nós ficamos cientes de quantas vezes a gente pode ter sido ferido tanto, até mesmo por pessoas da nossa própria família. E como o Senhor pode curar não somente completa, mas rapidamente. Então esses três últimos casos que atendemos ontem, por favor, chamem a nossa atenção durante o intervalo.

E em terceiro lugar, aqueles casos que estavam aqui na frente ontem à noite, especialmente aqueles que têm problemas maiores, que também queria me encontrar com vocês durante o intervalo. Mas não é para conversar comigo porque vai demorar muito tempo, mas para escrever o problema em português bem resumidamente, para que, mesmo que você não esteja completamente curado, eu possa rezar por você rapidamente.


Eu quero começar esta pregação do dando um exemplo de como rezar por cura interior e libertação porque a oração não funciona como uma mágica. Mesmo na Bíblia estão as regras para nós de como rezar e eu tenho dado para vocês algumas regras nesses últimos dois ou três dias.


Caso: a Moça com Dores de Cabeça

Todos os domingos eu conduzo orações de cura lá na minha paróquia em Bombaim, quando, logo depois da missa da manhã e até o final da tarde a gente reza pelas pessoas.

E houve uma jovem que veio para receber uma oração. Ela veio com seu bebê, e a sua sogra estava com ela. Quando eu perguntei a ela o que é que ela queria, ela me disse que estava com dor de cabeça.

Normalmente eu não rezo pelas pessoas a não ser que eu tenha uma noção exata do problema da pessoa e a menos que eu saiba qual é a causa do problema da pessoa.

Foi assim que eu fiz ontem, quando atendemos os casos ontem ali atrás.

Mesmo quando a pessoa diz que tem dor de cabeça, eu sei que esse não é o problema. Esse é um sintoma, normalmente, de um problema maior.

Mas, quando há muita gente e a gente não tem muito tempo, às vezes eu acabo tomando um atalho. Eu acabo quebrando as minhas próprias regras.

Às vezes eu ponho a minha mão sobre a cabeça da pessoa e aí, quando isso acontece, a pessoa se joga no chão com força. E aí eu tenho três ou quatro jovens fortes na minha equipe para dar segurança a pessoa, como vocês viram acontecer ontem à noite.

E você, quando olha para o rosto da pessoa e os olhos da pessoa, ali eu vejo satanás: os olhos arregalados e vermelhos de ódio e sua face distorcida. E antes mesmo que eu pudesse rezar, ela começou a falar. Ou melhor, não era mais ela, mas o demônio começou a falar comigo.

Eu nunca falo com o demônio, mas o demônio fala comigo, porque ele gosta de mim. (risos.) (aplausos.) Ele quer companhia, porque ele está sempre sozinho. (aplausos.)

Então, pela força do Espírito Santo, o demônio é obrigado a me dizer porque é que entrou naquela pessoa.

Foi isso que ele me disse, que aquela jovem havia perdido sua mãe quando ela tinha 10 ou 11 anos.

Quando ele estava na escola, nas cercanias de Bombaim, uma escola salesianos, ela nunca se misturava com as outras meninas.

Durante intervalo era costumava ir para uma espécie de santuário, sozinha, dedicado a uma deidade local onde se sentava na frente daquele suposto homem santo. E o inimigo me disse:

- Ela vinha me visitar todos os dias. Ela vinha me visitar buscando paz e então eu entrei nela.

Centenas de milhares de jovens vêm da Europa e da América para o meu país a cada semana. Se você perguntar: "por que é que você estava deixando o conforto de seu país, que é um país rico, para procurar um país mais pobre e como a Índia?" que eles vão dizer: "eu vim em busca de paz, algo que as riquezas da América e da Europa não puderam nos dar”.

Mas aí depende qual o tipo da paz. Qual paz? Que tipo de paz?

Jesus mesmo disse: "eu lhes dou a paz que o mundo não pode lhes dar".

Claro, ele estava dizendo que “o demônio não pode lhes dar”.

É uma paz que ultrapassa o entendimento. E São Paulo diz que Jesus mesmo é a paz. Aplauda o Senhor por isso. (aplausos.)

Aquela senhora do Paraguai hoje está um pouquinho mais para trás. (risos.) Ali está era! (aplausos.) Ela não é a única do Paraguai, mas eu só a vejo, mais do que todos. (risos.) (aplausos.) Tem mais do que uma! Tem sete paraguaios! Ou talvez mais! Todos vão para o paraíso! (aplausos.) [Padre Rufus está mexendo com a plateia]

Então foi isso que o espírito do mal estava me dizendo: quando essa jovem voltou à consciência, perguntei a ela: "diga-me, quando você estava na escola você fazia amizade com as outras meninas?" e ela disse "nunca".

- Eu estava tão triste, tão aquebrantada pela morte da minha mãe, que eu queria ficar sozinho. Eu queria todos os dias ir para aquele santuário daquele guru e eu sentava em frente a ele e o olhava para ele. Ele ficava olhando para mim e eu sentia tamanha paz. Às vezes ele me dava algo para comer ou para beber. Eu comia e bebia o que ele me dava.

Portanto ali estava a causa. Então eu disse a ela o que eu digo a todos aqueles que têm casos mais difíceis como o de ontem à noite. Você precisa fazer um bom retiro de cura interior o mais cedo que você puder.

Felizmente eu estava dando um retiro como este na semana seguinte e ela veio participar do retiro. E depois da palestra na sexta-feira à noite, tivemos a adoração à noite, como a adoração que nós tivemos ontem à noite aqui.

Eu disse às pessoas: "aqueles que precisam de oração, eu rezei por cada um - um a um - muito brevemente". E a oração final seria no final do encontro.

Mas era uma oração breve para aqueles que estavam com receio ou que tinham chegado cedo, para ficarem mais em paz.

A primeira pessoa que veio para se ajoelhar na frente do Santíssimo Sacramento foi essa jovem. Então quando eu a vi fiquei um pouco preocupado.

Eu pensei: "se eu for rezar agora por essa jovem a manifestação vai ocorrer e todos vão ficar com medo".

Lentamente a fila andou de eu comecei a rezar naquela fila por cada uma das pessoas. Normalmente eu rezo por duas pessoas ao mesmo tempo porque eu tenho só duas mãos. Se eu tivesse seis mãos, eu rezava por seis pessoas de cada vez. (aplausos.)

Quando ela chegou perto de mim eu a pulei. Vieram outras pessoas, formaram uma segunda fila e novamente quando cheguei nela eu pulei. E no final ela estava lá sozinha.

Eu percebi que quando ela estava diante do Santíssimo Sacramento, ela estava olhando para o Santíssimo Sacramento sem piscar.

Ela estava o tempo todo olhando e olhando para o Santíssimo Sacramento.

Agora eu tinha que rezar por ela, ou as pessoas iam pensar que eu é que estava com medo. Então fui na direção dela e coloquei a minha mão sobre a cabeça dela, sem nem tocar nos cabelos dela. Não aconteceu nada.

Então eu abaixei a mão tocando um pouco os cabelos, bem de leve, e nada aconteceu.

Então eu abaixei a mão na cabeça dela mais forte e nada aconteceu.

O que aconteceu é que somente participando do retiro e estando diante do Santíssimo Sacramento ela foi completamente liberta. (aplausos.)

E por quê? Como eu mencionei na minha primeira pregação, existem duas dimensões da oração. Nós precisamos rezar sozinhos na presença de Deus como se fôssemos os únicos ali. Em segundo lugar nós precisamos rezar um pelos outros.

O Senhor me mostrou, neste belo caso, a dupla dimensão da oração. Se eu perguntei para ela depois que tudo terminou:

- O que é que aconteceu?

- Quando eu cheguei diante do santíssimo sacramento e olhei para Jesus, fiquei olhando para ele, ficou olhando para ele e sente que algo dentro de mim pulou para fora de mim. – ela disse.

O que era aquilo? O espírito do mal. Então, quando eu cheguei próximo a ela, e impus as minhas mãos sobre ela, num gesto simbólico da Igreja de oração, ela me disse:
- Á medida que o senhor impôs as suas mãos em cima de mim, eu senti algo entrando em mim.

O que é que era aquilo? O Espírito Santo. (aplausos.)

Eu nunca me esquecerei desse caso, como o Senhor  demonstrou de maneira dramática essa dupla dimensão de oração pelas pessoas.

Mas ela teve que permanecer naqueles três dias para fazer um retiro de cura interior.

E durante aquele retiro o Senhor mostrou para ela, durante as pregações, as razões pelas quais ela tinha sido possuída e ferida. E naquele retiro o Senhor a ajudou a descobrir qual era o maior problema dela e as causas de seu problema atual.

Qual era o principal ferimento, o problema dela? A morte da sua mãe.

Com frequência o maior ferimento da pessoa são as perdas.

Número um: ela tinha só doze anos quando a sua mãe morreu repentinamente e inesperadamente.

Número dois: como é que morreu a mãe dela? Não foi depois de uma doença, não foi devido a um acidente. A sua mãe foi assassinada. Isso é mais doloroso. Mas não foi o final.

Número três: quem matou a mãe dela? O próprio pai! Ele era alcoólatra e, num acesso de raiva quando estava bêbado, acabou matando a esposa. Então isso é ainda mais doloroso. Mas não foi o final.

Número quatro: onde é que isso aconteceu? Em sua casa, na presença dela! Na presença dela..., então é ainda mais doloroso.

Número cinco: o pai foi levado à prisão. Ela acabou perdendo a mãe e o pai. Ela estava duplamente órfã. É muito, muito mais doloroso. Ela estava sozinha como criança, sem a mamãe nem o papai.

É por isso que quando Jesus veio ao mundo ele não veio sozinho. Ele não veio já como um adulto, não veio como um jovem, não veio como uma criança, não veio como um bebê. Ele veio como um feto no ventre de Maria.

Número seis: então a família acabou envenenando a cabeça dela com relação aos pais. Os parentes da mãe estavam dizendo para ela que seu pai era muito mau. Os parentes do pai estavam dizendo para ela que a mãe dela era muito má. Mas ela queria os dois. O pai e a mãe, mesmo que não fossem perfeitos, ela precisava da mamãe e do papai.

Como eu já disse, todo menininho precisa da mãe e toda menininha precisa do pai.

Então, aquele retiro a curou de tal maneira que todas as vezes que eu dava um retiro depois disso ela vinha para dar seu testemunho. Qual é o nome dela? O nome dela é Salvação.

O nome dela era Salvação... (aplausos.)

E qual era o nome da sua paróquia? Era a Paróquia de Nossa Senhora da Salvação. (aplausos.) Nossa Senhora da Salvação.

O Senhor usa até os nossos nomes e os locais para revelar o seu plano de salvação para cada um de nós.


A Necessidade de Libertação

Com esta introdução, que foi um pouco longa, eu quero agora falar sobre a necessidade não apenas de cura interior, mas também de libertação.

E a primeira coisa que eu quero falar: por que é que todos nós precisamos de libertação? Porque como a Bíblia diz, há três fontes de mal em nossas vidas.


As Fontes do Mal

Primeira Fonte: a primeira fonte do mal sou eu mesmo. Se eu pequei, então eu preciso me culpar. Eu preciso me arrepender. Eu não posso culpar as outras pessoas. Como é que começou aquele pecado? Com o pecado de um homem chamado Adão, porque ele estava culpando a sua esposa. Mas foi ele que pecou.

Então precisamos entender, da mesma maneira, que a primeira fonte de nossos problemas é o meu pecado pessoal. É por isso que a primeira cura que nós precisamos é uma cura espiritual, a cura do nosso relacionamento quebrado com Deus.

E isso só acontece quando nós nos arrependemos. Aí eu experimento o lindo amor de Deus que perdoa. Mas...

Segunda Fonte: existe uma segunda fonte para os meus problemas. Talvez não seja meu pecado, mas os pecados de outras pessoas, da família que produz seres humanos, das pessoas que estão próximas de mim e que me feriram tanto por causa de inveja, porque se zangaram, ou ficaram com ciúmes, e por causa dessas coisas acabou experimentando uma ferida muito grande.

Então, esta é a segunda fonte dos nossos problemas. Assim como Adão e Eva pecaram, assim como Adão pecou porque a pessoa que estava mais próximo dele, Eva, também pecou. Foi ela que o tentou.

Os casos que eu vi ontem foram, na maioria deles, das pessoas mesmo, nem mesmo do demônio, mas do pecado das pessoas ao seu redor. É por isso a gente não precisa somente de perdão, mas de cura emocional.

Terceira Fonte: existe uma terceira fonte do mal. Não sou eu, não somente as pessoas com quem eu convivo, mas as forças do mal que nos cercam. E essa pode ser a maior fonte dos meus problemas.

Por isso São Paulo diz que nós não estamos lidando com inimigos de carne e osso. Meu inimigo não é a minha esposa, a minha sogra ou Hitler, mas São Paulo diz que nós estamos lutando com os poderes dos principados do mundo, os exércitos espirituais que estão nos ares.

Por isso São Paulo diz que estamos numa batalha espiritual, porque o nosso inimigo de verdade é o inimigo espiritual. É por isso que a Bíblia tem dois nomes para o Jesus e para “o outro”.

1.      O nome que a Bíblia da para o demônio é "o inimigo", que em grego se traduz por demônio e que em hebraico se traduz por satanás, mas o seu nome verdadeiro é "o inimigo". Nós temos apenas um inimigo.

2.      E a Bíblia nos diz que também só temos um amigo. Diz que é Jesus. (aplausos.) E Jesus disse: "eu os chamo de amigos".

Então esta é a terceira fonte do mal, os poderes das trevas que cercam o mundo.

É isso que nós lemos nos segundo capítulo de Genesis. Sim, Adão pecou, foi falta dele. Mas ele pecou por que ele foi seduzido por aquela que amava tanto, sua esposa Eva, a que é a segunda fonte do mal. E porque é que a sua esposa fez isso? Porque ela foi tentada pelo demônio. É a terceira e última fonte do mal.



A Existência Muito Real do Demônio

Para aqueles que não acreditam na existência do demônio: é porque nunca leram a Bíblia em suas vidas. Talvez eles nem tenham a Bíblia.

Então eu estou dando a vocês essas más notícias. Se você gosta ou não gosta, a verdade é que o demônio existe. O que é que eu quero dizer?

Primeiro: existe um mal que não é somente um mal teórico, mas é um inimigo pessoal. Como é que eu sei disso? Porque está na Bíblia. Eu sei que existem escritores exegetas e estudioso da Bíblia que interpretam dizendo que o demônio não existe. Mas a Bíblia diz muito claramente, do primeiro livro até o último livro, que o demônio realmente existe.

Segundo: também o ensinamento da Igreja Católica afirma a existência do demônio. O ensinamento da igreja católica já dura 2000 anos; os ensinamentos que nós, padres, ouvimos nos seminários.

Terceiro: e, mais recentemente, os ensinamentos dos últimos quatro papas.

Tome por exemplo Paulo VI que em 1972 deu uma palestra na audiência geral de quarta-feira, em novembro. Foi assim que ele começou sua fala: "eu quero começar a minha fala fazendo a vocês uma pergunta. Qual é a maior necessidade da Igreja hoje?" então ele faz um momento de silêncio e diz: "eu vou responder á minha própria pergunta. E não pensem que minha resposta é estúpida ou supersticiosa".

E ele disse: "a maior necessidade da Igreja hoje é saber como se proteger, como se defender, contra aquele mal que a Bíblia chama de o inimigo. O demônio. Satanás". Aplaudam esse grande papa. (aplausos.)

Eu imprimi essa fala com comentários num pequeno livreto. Quando eu dou um retiro para padres eu dou uma cópia desse artigo para cada um deles. Mas também pode ser obtido na Internet, ou do Vaticano ou através dos meus livros.

Terceiro: mas a principal razão pela qual eu creio que o demônio existe não é nem tanto porque está na Bíblia, nem tanto porque a Igreja assim ensina, mas por causa do meu ministério pastoral diário.

Todos os dias, como ontem e como antes de ontem, eu me encontro com os casos onde não existe explicação humana. É onde os médicos dizem “nós não sabemos o porquê dessa pessoa estar sofrendo”.

E nós não temos nem explicação espiritual, exceto pelo fato que o demônio está trabalhando naquilo.

E em segundo lugar, na minha experiência no meu ministério pastoral de todos os dias, eu tenho encontrado casos que não têm solução, vão dizer "nós não podemos curar", "nós não temos uma solução espiritual", e nem os rosários e as orações vão curar aquela pessoa, exceto através do ministério de libertação. Aplauda o Senhor por esta linda revelação. (aplausos.)

Assim como os lindos casos que nós tivemos ontem, eu queria que todos os padres estivessem aqui para ver o que aconteceu: para ver o tremendo poder do mal afetando pequenas jovens e como através de uma simples oração de uma ou duas frases o Senhor as libertou.

Quando eu vi os casos aqui no chão ontem, para mim não eram demônios, eu olhava as pessoas como se fossem anjos! Eram pessoas que estavam tão feridas, tão aflitas, eles estavam gritando por cura, clamando por libertação, gritando para ter uma vida nova e a resposta estava em João 10,10.

Nunca se esqueça de João capítulo 10, versículo 10 onde Jesus diz: “todos os outros vieram para destruir”. Todos os outros vieram para destruir. E Jesus diz: “somente eu vim para lhes dar vida e não uma vida pequena, mas uma vida plena, vida em plenitude!”

Qual o líder religioso que poderá fazer uma promessa como esta? Ou ousa dizer uma coisa como esta! Um líder somente! Jesus! (aplausos.) (ovação.)

Por isso é que nós precisamos não somente de cura interior, mas também de libertação.


Os Dois Extremos: Desacreditar ou Exagerar

Por isso, como eu disse, o demônio realmente existe.

E que pode haver dois extremos:

O extremo daqueles que acreditam que o demônio não existe, o que vai contra o ensinamento da Bíblia, contra o ensinamento da Igreja e contra o nosso ministério pastoral.

Mas pode existir o outro extremo. São aqueles que dão atenção demais ao demônio, vendo o demônio em toda parte, ou tendo medo do demônio, ou tentando ficar num lado copiando o demônio, ou até mesmo o adorando. É o outro extremo: a adoração satânica, que uma epidemia no Brasil. É outro extremo!


O Equilíbrio da Igreja.

A atitude correta é a atitude da Igreja, que é aquela do equilíbrio, do meio. Essa atitude deve evitar ambos os extremos.

A atitude correta é aquela que nos foi dada pelo primeiro papa, pelo próprio São Pedro, na sua primeira carta, capítulo 5, versículos 8 e 9. O que é que São Pedro diz lá?

Nós temos que ter essas palavras decoradas para não nos esquecemos. Isso foi o que nos disse o primeiro papa, falando da sua própria experiência quando ele negou Jesus e que teve essa queda. Foi quando ele perdeu a fé em Jesus quando Jesus pediu para ele caminhar sobre as águas.

Pedro jamais se esqueceria das palavras de Jesus para ele: “para trás, satanás. Vá para trás, satanás”.

Ele nunca poderia esquecer as palavras disse Jesus a ele, quando Jesus disse para ele: “satanás pediu permissão para tentá-lo, para testá-lo, e você vai cair”. Você vai cair. Mas de Jesus disse imediatamente: “mas eu orei por você”. Jesus falando essas palavras: "eu orei por você". (aplausos.)

Qual é a presença mais forte? A presença de Jesus ou a presença do padre Rufus? (a plateia responde "Jesus!")

(aplausos.)

Portanto, eu não sou orgulhoso, porque eu amo Jesus, ele é meu tudo. (aplausos.)

Portanto Pedro jamais se esqueceria de Jesus dizendo para ele: “você vai cair, mas eu orei por você”. “Mas mesmo se você cair, você vai se levantar. E, por causa da experiência, da sua fraqueza, você vai ser capaz de fortalecer os outros que forem tão fracos como você”. É assim que nós lemos na Bíblia.


Só Existe Um Inimigo

Então São Pedro diz em sua carta: "você só tem um inimigo".

E esse inimigo não o seu vizinho, não é a sua sogra: o seu inimigo é “o” demônio, cercando você como um leão, buscando a quem ele possa devorar.

É o que disse São Pedro: “nosso inimigo, o demônio, está nos rondando dia e noite” e está nos rondando especialmente aqui no Brasil. Ele está nos rondando especialmente na Canção Nova, tentando devorar as pessoas, para devorá-las.

E então São Pedro nos diz: "não tenham medo" - fiquem numa boa - "mas sejam vigilantes". "Não se perturbem, não tenham medo, mas mantenham os olhos abertos. Estejam prontos, estejam preparados então nada de mal acontecerá com você."

Então esta é a primeira coisa que eu quero fazer conhecer a vocês: o ensinamento da Igreja católica nos diz que claramente o demônio existe.

E a próxima coisa que eu falarei mais na próxima palestra, já é uma má notícia dizer que o demônio existe, mas é pior ainda dizer que o demônio, além de existir, ele aflige as pessoas. Você poderá me perguntar: "mas por que é que Deus permite isso?"

A Bíblia vai dar a resposta, e é o segundo ponto: por que é que o Senhor permite que o demônio teste e aflija as pessoas?


As Três Formas de Afligir de Satanás.

Eu quero dizer como é que satanás aflige o homem. De três maneiras:

Primeira Forma: Tentação

De um lado é pela tentação. Tentação significa que o demônio faz as coisas parecerem atrativas. São coisas que normalmente eu não faria. E quando eu as faço, eu me sinto triste, eu me sinto mal, e normalmente me pergunto por que é que eu fui fazer isso?

E isso foi feito por causa da tentação.

Então você vai dizer: “por que é que Deus permite que eu seja tentado?”

Lembre-se de que os nossos primeiros pais foram tentados. Não se esqueça que Jesus foi tentado.

Mas a Bíblia diz que Deus não vai permitir que nós sejamos tentados além das nossas possibilidades. Deus não vai permitir que nós sejamos tentados além de nossas forças. E mais importante e mais bonito, a Bíblia diz que o Senhor vai nos dar toda a ajuda que necessitamos para resistir a qualquer tentação.

Por isso é que Jesus diz, por isso que nossa oração dirigida Jesus nós dizemos: “Senhor, não permita que nós sejamos tentados acima de nossas forças”.

Então isto é tentação.

Eu não vou falar sobre isso porque você sabe muito bem do que estamos falando. Todos os dias à noite nós devemos pedir perdão a Deus se caímos na tentação e cometemos o pecado. Temos que terminar nosso dia com um ato de contrição, de arrependimento.

E precisamos começar a cada novo dia com uma oração pedindo: “Senhor, ajude-me para não sucumbir às tentações, sejam elas quais forem”. Dizendo: “Senhor, proteja-me de todas as tentações, dá-me, Senhor, forças para resistir à tentação”. E então cada dia será um dia perfeito.

Segunda Forma: Possessão

Por outro lado, existe o que nós chamamos de possessão.

Possessão significa que o demônio não está tentando a pessoa de longe, mas ele está muito perto de mim. De fato ele entra em mim e permanece dentro de mim, e me possui. Este é o outro extremo e isso não é tão comum.

E somente um sacerdote com título de exorcista pode proceder um exorcismo.

Então nós devemos rezar para as pessoas que combatem esse problema, para que eles possam libertar as pessoas que são possuídas.

Eu vou dar um caso pequeno de exemplo.


Caso: A Menina, o Filme e Satanás.

Havia uma jovem que eu conhecia no centro da Índia. Ela pertencia a uma família que estava tudo envolvida com práticas ocultas. Mas depois de participarem dos retiros escolas para se tornar melhores e começaram a  tornar mais católicos. Em um dia eu fui chamado pela mãe dela para que eu pudesse rezar pela filha dela. E ela me disse:

- A minha filha está possuída.

E quando cheguei lá eu vi realmente aquela jovem possuída eu pensei: "como é que isso pôde acontecer? Agora que vocês já mudaram de vida? Até fizeram os bons retiros".

Então mãe me contou: minha filha queria dinheiro para ir ao cinema.

- Eu não vou te dar dinheiro para você ir ver esse filme que você quer ver.

- Se você não me der o dinheiro eu vou pedir para satanás que me dê dinheiro.

A mãe pensou que era uma brincadeira e disse para a filha:

- Peça para ele então!

- Satanás, eu quero que você me dê dinheiro para eu poder ver aquele filme.

E, no momento que ela disse isso, satanás entrou nela. E ela estava então possuída. Satanás nunca entra numa pessoas sem que a gente de permissão para que ele entre. Direta ou indiretamente nós o convidamos para entrar em nossa vida.


Os Três Sinais de Uma Possessão Demoníaca

E como é que nós sabemos se a pessoa está possuída?

A partir da minha experiência, esses são os três modos que eu tenho certeza que a pessoa está possuída:

Primeiro Sinal: Força Exagerada

Quando a pessoa tem uma força sobre humana, quando até mesmo três homens fortes não conseguem segurar que lembra como os casos que eu tenho visto o esses anos na Canção Nova. Como vocês viram ontem, foram seis homens que tentaram segurar aquela jovenzinha. É um sinal de que o demônio é forte.

Segundo Sinal: Falar Línguas Estrangeiras Sem Ter Estudado

O segundo sinal é quando a pessoa fala numa linguagem que ela nunca aprendeu e ela não conhece.

Terceiro Sinal: Falar Coisas que Não Deveria Saber

O terceiro sinal é quando a pessoa sabe de coisas que ela não deveria saber.

Essa então é uma possessão, são coisas que a gente não a falar muito.


Terceira Fonte: Opressão ou Obsessão

Então, entre as tentações que todos nós estamos sujeitos e que também Jesus teve, que nossos primeiros pais tiveram. E no outro extremo temos as possessões que não são tão comuns, temos toda uma realidade que está nesse meio.

Até onde o demônio não está longe, ele não está em outro país, ele não está lá no Paraguai, mas está no Brasil. Mas por outro lado, ele não está dentro da pessoa, ele não está possuindo a pessoa, mas está bem perto, quase tocando pessoa, com um ônibus lotado, onde todo mundo está se encostando em você e faz você ficar desconfortável.

E isso que nós chamamos de opressão ou obcessão, e esses tipos de nomes. Aí é que nós precisamos do ministério de libertação para que possamos ser libertos em todas as áreas da nossa vida, todas as áreas da nossa vida que está sobre a opressão demoníaca.

Quero terminar agora com uma história para que todos nós saibamos que precisamos de libertação.

Por isso nós terminamos oração que Jesus nos ensinou com esta é importante frase: "liberta-nos de todo o mal."

E isso pode acontecer quando as pessoas se abrem ao mal, até ter extremo de parecer que a pessoa está possuída.



Caso: Seis Ginecologistas e Um Bebê

Certa vez uma jovem veio me ver e ela me pareceu bastante perturbada. Eu disse:

- Eu estou com pressa. O que é que você precisa?

Ela queria me contar a história dela e eu disse:

- Seja breve, sente-se e diga o que você precisa.

- Eu estou grávida de oito meses, mas nos últimos três dias eu não pude sentir o bebê se mexer nem um pouquinho. Nos últimos três meses eu não consegui detectar nenhum movimento no meu filho.

E ela foi ao ginecologista e o ginecologista tirou raíos-x, ultrassom, e o ginecologista confirmou que não havia movimento naquele bebê. Ele não conseguiu detectar nem mesmo um fraco batimento cardíaco.

Então, de maneira prática, o bebê estava morto.

E ela então foi a outros cinco ginecologistas famosos em Bombaim. Em todos eles confirmaram que o bebê estava morto e era necessário remover aquele bebê, caso contrário: a vida dela estaria em perigo.

Foi o que ela me disse. Então ela olhou para mim, e eu ainda me lembro dos seus olhos, com lágrimas mas ainda com esperança, e ela olhou para mim reclamou:

- Mas padre, eu quero esse filho! [O padre Rufus fala alto, representando o clamor da mulher.]

Então o que foi que eu fiz? Eu pedi que ela permanecesse sentada e comecei a rezar por ela. Não alto, mas em silêncio.

Como tem tantos casos eu fico cansado. Então hoje o rezo mais calmamente. Eu às vezes nem mesmo rezo suavemente, às vezes eu rezo em silêncio.

Ao ver essa jovem sendo carregada, não diga assim: “tem um demônio nela”. É uma pessoa que está sofrida. E às vezes até sofrida pelas pessoas que são próximas dela. o ministério de libertação não é um ministério de luta contra o demônio, de poder, mas um ministério de compaixão por aqueles que estão sofrendo. É o que Jesus fez. (aplausos.)

Então, mesmo os casos que foram traduzidos para mim por homens fortes, eu disse aos meus auxiliares: “podem sair”.

[Gritos de mulher.]

E, só está se confirmando o que eu estou falando. Eu posso lidar com ela sozinho. Ela está gritando por todos os ferimentos que ela tem experimentado na vida dela.

Então foi isso que a jovem me disse e então eu comecei a rezar por ela, não rezando alto, mesmo rezando baixa, mas silenciosamente.

Que oração que eu fiz? Eu não sei como rezar. E então eu me lembrei do que São Paulo disse. Que quando não sei como rezar e nem o que rezar, o Espírito Santo vai me ajudar a rezar de uma maneira acima do meu entendimento. Então eu pedi ao Espírito Santo: "ajude-me a rezar".

A resposta foi imediata. Bem na minha frente apareceu no meu coração a bela história de Maria visitando Isabel e Zacarias. Você sabe o que aconteceu. Assim que Jesus veio ao ventre de Maria a primeira coisa que ela fez foi ajudar outras pessoas, no caso sua prima, que estava precisando de ajuda. Então eu fiz esta oração:

- Senhor Jesus, quando estavas ainda no ventre de Maria, você trouxe cura para o seu primo, João Evangelista, enquanto ele ainda estava no ventre de sua mãe Isabel. Traga-nos, Senhor, a mesma cura para o bebê no ventre desta mulher.

[os gritos continuam.]

Vocês ouviram minha oração? No momento em que eu fiz essa oração em silêncio, essa mulher começou a gritar:

- Padre, o bebê está se movendo! O bebê está se movendo! (aplausos.)

[a mulher grita, se agita.]

Não precisa fazer nada, somente deixem ela assim, só fique a disposição se ela precisar de ajuda. O Senhor já está trabalhando nela. (aplausos.)

Então eu disse a aquela mulher:

- Não se levante, permaneça aqui. Eu tenho que sair, mas continue a rezar até que o bebê no seu ventre e não esteja somente se movendo, mas esteja pulando de alegria!

Como João Batista! Cheio do Espírito Santo! (aplausos.)

Então quando estava saindo, ela disse duas coisas. E essas duas coisas você vai precisar se lembrar: nos fala da causa dessa aflição demoníaca a que também nos mostra o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ela me disse:

- Padre, quando o senhor estava rezando por mim, eu senti como aqui algo, como o Espírito da Morte - ela não era carismática, mas ela falou essas palavras - ... algo como o Espírito da Morte, deixando o meu ventre, saindo pelas minhas duas pernas.

Talvez algum membro da família tivesse posto uma maldição nela e no bebê dela, por inveja. Talvez essa pessoa não tivesse filhos e tinha inveja daquela pessoa que tinha filhos.

Talvez ela tivesse ido a um poderoso feiticeiro para pôr essa maldição nela.

Em segundo lugar ela disse:

- Padre, eu sei que meu bebê estava morto. Eu sei que ele estava morto. Agora mesmo ele ressuscitou! Amém. (aplausos.) 


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